Estenda o limite de km rodado do pneu


A prática da troca de posição dos pneus no carro, conhecida como rodízio, é um recurso para estender a sua vida útil sem prejudicar a segurança do veículo ou a sua desenvoltura na pista.

A razão da maior durabilidade, segundo especialistas, é decorrente da constante mudança do sentido de rotação do pneu a partir do rodízio. Ele compensa as diferenças de desgaste e permite uma melhor eficiência do pneu.

Um pneu que dura 15 mil quilômetros, quando você faz o rodízio ele pode chegar até 40 mil quilômetros com o mesmo jogo de pneus, porque você vai mudando o sentido de rotação dele.

No entanto, não é somente com o rodízio que o proprietário consegue chegar essa margem. É preciso também fazer os serviços de alinhamento e balanceamento do veículo. 

Mesma fórmula


Independente do porte do veículo ou da tração, seja popular ou camioneta, há apenas duas opções de rodízio a serem feitas. Antes de realizar um deles é preciso estar atento ao sentido de rotação, quando este for indicado no pneu.

Caso tenha, a orientação é fazer o rodízio linear, o qual estabelece uma troca entre os pneus da lateral direta e o mesmo acontece no lado oposto. Nesse tipo de pneu não se pode fazer no sentido cruzado de jeito nenhum. Caso faça, o pneu vai se desgastar 40% mais rápido e o carro vai fazer um barulho como se estivesse andando em uma estrada de piçarra.

Quando não há esse sentido de rotação, o mais indicado é fazer o rodízio cruzado. Ou seja, o pneu dianteiro da direita inverte de posição com o traseiro da esquerda e o mesmo acontece com os outros dois pneus.

Essa maneira é a melhor, porque faz com que as bandas de rodagem externas irem para o lado inverso, gerando um equilíbrio. O indicado, em circulação normal do veículo pelo perímetro urbano, é fazer essa rotação a cada cinco mil quilômetros rodados ou quando perceber o desgaste irregular do pneu.

Todavia, em consequência dos buracos e desníveis das vias, o indicado é baixar para três mil quilômetros. O rodízio deve ser feito até os quatro desgastarem.

Alguns a favor, outros contra

Há motorista que dispensa o rodízio devido a questões financeiras. Apesar do pneu durar mais com essa ação, no momento da troca a desvantagem é a necessidade de comprar novos quatro pneus.

Por isso, muitos mantém a posição dos quatro e espera trocar dois jogos por vez, sendo o dianteiro primeiro, já que desgasta mais rápido. Por incrível que pareça, se você não fizer o rodízio, você usa os dois da frente para um de trás.

Nesse caso, o indicado é, na hora da compra, colocar os dois pneus novos atrás e os já usados deslocar da traseira para a posição dianteira. Qualquer carro, a aderência mais importante é na traseira, seja picape ou carro pequeno, com tração dianteira ou traseira. Tem muita gente que se engana pensando que o pneu bom tem de estar na frente, mas deve ficar atrás.

5º pneu

Para garantir que o estepe não vai ficar esquecido e mofando no porta-malas do automóvel, algumas lojas recomendam a sua inclusão no rodízio.

Segundo especialistas, com os cinco pneus girando, o estepe deve ir para um dos lados da dianteira e um dos pneus de trás ocupa o seu antigo lugar como sobressalente.

Como hipótese, o estepe vai para o lado da direita da frente. O que estava nessa posição vai para a traseira do lado esquerdo, deixando um pneu livre que vai ser guardado no porta-malas. Os outros dois pneus que sobraram: o dianteiro da ponta esquerda e o traseiro do lado direito são trocados entre si.

Apesar de haver quem recomende, alguns profissionais do segmento não recomenda usar o estepe no rodízio, pelo fato dele desgastar e, se por acaso, precisar dele em uma situação de emergência, ele estará mais velho.

Sozinho ou terceirizado

Se trocar um pneu sozinho é, por vezes, um pouco complicado e trabalhoso, imagina os quatro em uma única vez? E sem o estepe, a situação seria mais complicada para inverter a posição dos pneus em ativa.

Por isso, nesse caso, recorrer a um centro automotivo compensa o preço pago e o tempo economizado. O que levaria horas para ser feito é realizado em cerca de oito minutos.

Vida longa ao pneu

Excetuando a troca entre os pneus, os donos de veículos podem adotar outras práticas para estender a vida útil, como evitar os buracos e obstáculos, já que os impactos e atritos podem causar danos.

Além disso, é preciso estar atento aos indicadores de desgaste sinalizado por um triângulo ou pelas letras TWI. Eles apontam para as marcas de relevo na base dos sulcos, elas indicam que o pneu atingiu o nível máximo de desgaste de 1,6 mm de profundidade na banda de rodagem.

DURABILIDADE

Além do rodízio, outros hábitos do motorista podem interferir na durabilidade dos pneus , confira:

Alta velocidade: provoca um superaquecimento dos pneus, acelerando o desgaste da banda de rodagem. Nas curvas, força o arrasto dos pneus e origina um desgaste maior na área do ombro

Raspar no meio-fio: o atrito violento entre o costado do pneu (área de flexionamento e a mais delgada da estrutura) e o meio-fio pode provocar separações e cavidades (arrancamentos) na área

Freadas bruscas: essa prática, como também as arrancadas, favorece o aparecimento de um desgaste irregular e acelerado da banda de rodagem do pneu

Desníveis: subir ou descer das guias de calçada, em acostamentos ou outros desníveis com severidade pode causar cortes e outras deformidades da banda de rodagem e quebras nos cordonéis de carcaça, resultando em separações e até efeitos mais graves, como estouros.

Fonte: Diário do Nordeste

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