Obrigatoriedade de airbags e freios ABS é questão de sobrevivência




A segurança dos carros nacionais nunca esteve tão em alta quanto agora. Para tentar diminuir o número de mortes no trânsito e os custos envolvidos com os acidentes e fatalidades – estimativas apontam mais de 150 mil óbitos nos últimos três anos –, o governo brasileiro implementou em 2009 a obrigatoriedade dos airbags e freios ABS nos carros vendidos no Brasil. No entanto, a presença integral dos dois sistemas em todos os carros zero-quilômetro só acontece em 2014, enquanto todos os lançamentos já deverão ter os equipamentos a partir de 2013.

A exemplo do que aconteceu nos Estados Unidos, no Brasil o processo será gradual. Em 2010, apenas 8% do total de produção de cada marca tinha de sair de fábrica com airbags e ABS. O que foi suficiente para provocar a queda de preço dos sistemas na lista de opcionais de vários modelos, assim como virar item de série em versões topo. Em 2013, o total dos lançamentos e 60% dos modelos já em produção devem ser equipados com airbags e ABS. Em 2014, as resoluções 311/2009 e 312/2009 do Contran atingem a totalidade de modelos zero-quilômetro.


Já o ABS, sigla em inglês para Sistema de Freios com Antitravamento, tem origem na aviação, na década de 1929. O ABS atual – presente no mercado desde os anos 80 – atua através de sensores em cada roda, que detectam a iminência do travamento e comandam o alívio de pressão na linha de fluído, para que a roda não trave e o motorista possa manter a capacidade de se desviar do obstáculo. A ideia, ao contrário dos airbags, é aumentar a eficiência dos freios para evitar o acidente – ou reduzir a velocidade que ele acontece. Segundo a AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, a eficácia do ABS é diretamente ligada ao correto uso pelo motorista. Para a entidade, muitos condutores aliviam o pé do freio quando sentem a trepidação, o que piora o resultado da frenagem. 

O problema é que apenas a exigência dos equipamentos pode não ser suficiente para tornar os carros realmente seguros. Na Europa, por exemplo, não há lei que obrigue a presença deles, mas eles tem que ser aprovados nos severos testes de colisão do EuroNCap.

Fonte: MotorDream

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