Equipe Mitsubishi Petrobras terá dois ASX Racing disputando o Rally Dakar
O Brasil terá duas duplas no Rally Dakar 2014. A Equipe Mitsubishi Petrobras parte para o maior desafio do off-road mundial com grandes novidades e a estreia de Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin ao lado de Guilherme Spinelli e Youssef Haddad.
"É excelente poder ter mais um carro na equipe, já que permitirá mais diversidade de estratégias e, com isso, buscar melhores resultados. O Reinaldo, sem dúvida, é hoje um piloto muito experiente também em provas internacionais, além de ser rápido. Tenho certeza que vai contribuir muito para a equipe, fiquei muito satisfeito com a escolha dessa forte dupla", comenta Guiga, que vai para o seu sexto Dakar.
A prova começa no dia 4 de janeiro em Rosario, na Argentina, e termina na cidade de Valparaíso, no Chile, no dia 18. Serão quase mais de 9.000 quilômetros pelas estradas, desertos e montanhas da Argentina e Chile. "Será um rali muito mais desgastante do que nos últimos anos e vai exigir bastante do carro, da equipe e das duplas", prevê Guiga.
O experiente piloto Reinaldo Varela estreia na Equipe Mitsubishi Petrobras, mas carrega no currículo cinco participações no Rally Dakar. Ao lado do navegador Gustavo Gugelmin, foi campeão Mundial de Rally Cross-country em 2012 na categoria T2 (carros originais) com um Pajero Full, além de inúmeros títulos conquistados em mais 337 provas disputadas no Brasil e no mundo.
"É uma satisfação muito grande estar correndo em uma equipe oficial e com uma grande estrutura. Desde o ano passado, quando ganhamos o Mundial, estou me preparando muito para andar bem e quero fazer uma ótima prova no Rally Dakar", empolga-se Varela. "Em um rali, o que mais favorece para um piloto é a sua experiência. Quanto mais provas, mais tranquilo se consegue andar. Agora é hora de colocar em prática tudo o que aprendi em todas essas provas ao redor do mundo."
Gustavo Gugelmin é estreante no Rally Dakar, mas a experiência ao lado de Varela traz tranquilidade ao navegador. "É um grande sonho participar do Dakar e já começar com uma grande equipe e um carro de grande potencial, o ASX Racing. Vamos com mais confiança por ter participado do campeonato Mundial, medimos força com os outros competidores e vemos que podemos brigar por boas posições. A navegação e os equipamentos utilizados pelo Dakar também são bem similares aqueles que usamos em várias provas, então não terei dificuldade com isso", afirma Gugelmin.
Este será o segundo Rally Dakar do ASX Racing, desenvolvido para enfrentar os grandes desafios que a prova impõem. Com ele, Guiga e Youssef foram campeões do Dakar Series, no Peru, e conquistaram a vice colocação no Rally dos Sertões, a segunda maior prova off-road do mundo. "Trabalhamos muito neste ano, fizemos provas de deserto importantes em Abu Dhabi e no Peru e estamos conseguindo evoluir o carro em desempenho e durabilidade", comemora Guiga.
A Equipe Mitsubishi Petrobras é chefiada pelo renomado Thierry Viardot, que esteve presente nas doze vitórias da Mitsubishi Motors no Rally Dakar.
Percurso longo e ainda mais difícil
A edição 2014 do Rally Dakar, que começa no dia 4 de janeiro, será uma das mais desafiadoras dos últimos tempos. "O rali está com um dia a menos. Serão 13 etapas e um dia de descanso. Mas, mesmo assim, será muito difícil, pois os dias são extremamente longos. Segundo o que a organização nos passou, será uma prova mais mista do que nos últimos anos, ou seja, mesclando mais estradas com deserto. E teremos novamente a dificuldade da altitude, nas especiais pelos Andes", descreve Guiga.
Os carros terão a maior quilometragem da prova, com 9.374 quilômetros, sendo a maior parte de trechos cronometrados, 5.522 km. O dia mais longo será entre Chilecito e Tucumán, onde as duplas enfrentarão 911 quilômetros.
"Desde 2005 o Dakar não tem especial tão longa e nesta edição teremos uma com 657 km. Mas, por outro lado, as etapas devem ter ser bem velozes. Mesmo assim, as equipes terão pouco tempo para manutenção nos carros e nós, menos tempo para descansar de um dia para outro e nos recuperarmos. Temos que ter cabeça para preservar o carro e a nós mesmos durante todo o rali", comenta o navegador Youssef Haddad.
Outro grande desafio para a Equipe Mitsubishi Petrobras será a etapa maratona, onde não é permitido ter manutenção das equipes. Somadas as duas etapas, os veículos andarão 1.464 quilômetros sem qualquer apoio, sendo 958 km de especiais. "A característica da região entre San Rafael e Chilecito é de muitas pedras. Teremos que ter um cuidado redobrado para não furarmos os pneus", explica Youssef.
"Estamos nos esforçando na preparação, mas temos consciência que este é o rali mais difícil do mundo e enfrentamos os melhores do mundo. Teremos adversários com muita experiência nesse tipo de prova e novos competidores chegando com boas chances. A prova terá um grid ainda maior com duplas e equipes do mais alto nível", disse Guiga.
Fonte: Cross Brasil
Comentários
Postar um comentário