Ulysses Bertholdo e Marcelo Dalmut venceram a primeira prova do brasileiro de velocidade em Erechim
Ulysses Bertholdo e Marcelo Dalmut venceram neste sábado (18) a primeira prova da segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Velocidade, o Rally Internacional Erechim (RS). Pilotando um Mitsubishi Lancer Evo X, a dupla completou os 80,2 quilômetros percorridos entre o Super Prime e as seis especiais do dia em 54min10s8.
Bertholdo que já lidera o campeonato desde a primeira etapa em Canela, ressaltou que está focado no Campeonato Brasileiro. "Estou no ritmo que as minhas condições técnicas permitem. Penso somente no Campeonato Brasileiro porque acho que está retomando o seu lugar e tenho certeza que teremos boas novidades em breve", lembrou o vencedor, que anunciou o interesse da Mitsubishi em vender carros com preços especiais para pilotos brasileiros.
Com a neblina que varou a noite de sexta para sábado e permaneceu no início da manhã, as seis especiais (que acontecem em três trechos percorridos duas vezes cada) apresentaram o piso escorregadio e com muitas pedras soltas. Logo na primeira passagem das seis especiais do dia, vários carros rodaram com o barro solto e outros ficaram pelo caminho com quebras e desgastes mecânicos provocados por pedras que rolaram dos barrancos com a passagem dos primeiros concorrentes. "Rodamos na primeira e na segunda especiais e voltamos ao trecho sem muita esperança de terminar", contou Milton Pagliosa, piloto de Erechim que corre com o primo navegador André Pagliosa. Mesmo com o carro completamente desalinhado, a dupla terminou a última especial em quinto e com um desempenho excelente no Super Prime ganhou duas posições na grade do Campeonato Brasileiro, derrubando Juliano Sartori/Rafael Sartori para o quinto lugar.
Também prejudicado pelas pedras, Ilo Diehl e Eduardo Soneca (Mitsubishi Lancer Evo X) derraparam na terceira especial e bateram numa árvore, além de terem a bomba d’água e o para-choque completamente destruídos. Outras duplas sofreram com as grandes pedras que se desprenderam dos barrancos, mas os mais frustrados foram Luccas Arnone e Felipe Costa do Peugeot 207 da categoria 4x2 Super. Eles andaram apenas três quilômetros, atropelaram uma pedra e se arrastaram por mais 300 metros com o pneu dianteiro direito furado e a suspensão do mesmo lado destruída. "Eu tenho certeza que aquela pedra não estava lá antes", garantiu o navegador que lamentou nem ter tido tempo para pegar o gosto pela prova.
Na 4x2 Super, Luís Tedesco e Raphael Furtado (Fiat Palio) - que não pontuaram em Canela - sobraram na prova com a vantagem de quase dois minutos sobre o segundo colocado, o VW Gol de Cesar Valandro e Egídio Valandro.
A grande maioria das quebras ocorreu na no trecho Paulo Bento, que por ser o mais longo e rápido, exigiu mais atenção e habilidade dos pilotos. Mas para as duas duplas do XRC Peugeot 207, Mauricio Neves e KZ Morales e Luiz Stedile e Gilson da Rocha, o gostinho de fazer o trecho mais rápido também passou longe. Eles sofreram com a quebra do sistema de freio logo na segunda especial. "Iríamos forçar muito o carro que já estava aptresentando outro problema de câmbio", desabafou Maurício Neves.
Classificação Geral do Rally Internacional de Erechim e do Sul-americano
Na classificação geral do Rally Internacional de Erechim e do Campeonato Sul-americano de Velocidade, ninguém conseguiu tirar a supremacia dos paraguaios Gustavo Saba e Victor Aguilera com o Skoda Fabia S2000. Os únicos adversários da dupla foram os também paraguaios Miguel Zaldivar e Hector Nunes com o Ford Fiesta S2000, que começaram a competição na frente até a segunda especial. Na terceira, a mais longa, Saba e Aguilera já assumiram a liderança com a vantagem de 8seg2 conseguida nos 21, 6 quilômetros do trecho Paulo Bento. Saba mostrou tranquilidade logo depois da primeira passagem pelas três especiais - "Os trechos são bem tranquilos e parecidos", declarou com a fisionomia de quem já estava com o jogo ganho.
Fonte: Cross Brasil
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