Veja dicas para o seu carro não dançar no Carnaval
O período do Carnaval é, sem dúvidas, um dos mais esperados do ano por boa parte dos brasileiros. Seja para cair na folia, seja para se refugiar e descansar, é uma época em que quem pode sai de casa. Consequentemente, as estradas ficam mais movimentadas. Este grande fluxo de veículos geralmente se converte no aumento do número de acidentes nas estradas e rodovias de todo o país. Outra cena tristemente comum são os veículos parados por problemas mecânicos. Entretanto, algumas medidas simples podem evitar que o momento de diversão se transforme em aborrecimentos e despesas inesperadas. E, principalmente, impedir que tragédias aconteçam.
De acordo com o Detran, os acidentes normalmente estão relacionados à tríade negligência, imprudência e imperícia. Falhas no veículo também costumam entrar na lista das principais causas. No entanto, para o analista técnico do Cesvi – Centro de Experimentação e Segurança Viária –, Gerson Burin, é difícil separar as razões. “Boa parte dos problemas mecânicos vem da falta de manutenção, o que, de certa forma, caracteriza conduta negligente do motorista”, diz Gerson. O especialista enumera alguns pontos que devem ser observados antes de pegar a estrada. “Além de uma periódica manutenção preventiva, antes de sair é preciso checar os estados gerais, como a água de refrigeração do motor, dos limpadores de para-brisa, pneus, estepe, freios, toda a iluminação, sinalização e equipamentos como macaco, triângulo e extintores”, lista o analista do Cesvi.
Além dos cuidados com o veículo, o próprio motorista deve estar em condições de encarar a viagem. Para isso, um bom planejamento é tão importante quanto a preparação do automóvel. E não demanda muito tempo para coordenar bem as etapas da viagem. A primeira é definir a rota e entender o caminho. Para evitar uma “pane seca”, é aconselhável que se conheça a localização de postos de abastecimento. O descanso prévio também precisa ser uma precaução observada por quem vai dirigir.
A imprudência do motorista também costuma matar muita gente nas estradas. O excesso de confiança, tanto em si quanto no veículo, na maioria das vezes transforma-se em vilão. O motorista acha que conhece o carro, mas às vezes não lembra que ele está com uma carga maior que no dia a dia. O tempo de reação numa ultrapassagem e a distância de frenagem não são os mesmos de quando o veículo está vazio. O excesso de autoconfiança resulta em outra conduta ainda mais perigosa: o descumprimento da sinalização das vias. Quando os condutores discordam da indicação de alguma placa, simplesmente ignoram e imprimem a velocidade que querem. Se a sinalização está presente no local, é porque houve todo um processo de engenharia, com testes-padrão e simulações de acidentes, para definir que o tráfego daquele trecho deve seguir a condição indicada pelas placas.
No ano passado, as estatísticas de acidentes de trânsito durante o feriado de Carnaval apresentaram redução. Os números, logicamente, ainda estão distantes de um patamar animador. Mas em 2012, a “Operação Carnaval”, realizada pela Polícia Rodoviária Federal da zero hora de sexta-feira até a meia-noite da quarta-feira de cinzas nos 67 mil quilômetros de rodovias federais, ajudou a registrar 22% acidentes a menos em relação ao ano anterior – uma evolução, já que 2011 teve 27,4% a mais que em 2010. O número de feridos no último Carnaval também foi 25% menor e as mortes caíram 18%.
Fonte: Auto Press
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